sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Forasteiro


As verdadeiras se parecem com as maiores mentiras. Um corpo lânguido a espera de atenção clama ajuda. Não vejo a espessa névoa se dissipar. Nevoeiro que deixa meus olhos núbios e assim vão ficar. Tuitivos pés que me guiam para além-mar. Nas ondas do quebra mar a vontade de me atirar. Uma voz timbre forte ecoa no eco da escuridão. A tristeza que encobre os peito fazendo-o trepidar. Não é apenas viver. Tem de gostar! Gelada esta a alma do forasteiro que retumba dentro de mim. Dizem que sou eu... Não! É apenas o forasteiro. Quem nos olhos da morte olhou o vazio conheceu. A alegria foge. Quando no berço da sua casa ela entrar o relógio final badalará. Vida que se foi! Bem vivida? Só a tempo de suspirar. Em teus lábios roxos busco a força que irá me despertar. Luto contra males inexistentes só pra ter com que lutar. O ferrolho de um rolo compressor me espreme ate o ar me abandonar. Porque necessitas de tanta atenção? Não lhe basta viver apenas o caminho por ti traçado? Não lhe basta morrer e ter a educação de ser calado? Partes agora forasteiro. Não hã mais lugar pra te abrigar.

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