As
verdadeiras se parecem com as maiores mentiras. Um corpo lânguido a
espera de atenção clama ajuda. Não vejo a espessa névoa se
dissipar. Nevoeiro que deixa meus olhos núbios e assim vão ficar.
Tuitivos pés que me guiam para além-mar. Nas ondas do quebra mar a
vontade de me atirar. Uma voz timbre forte ecoa no eco da escuridão.
A tristeza que encobre os peito fazendo-o trepidar. Não é apenas
viver. Tem de gostar! Gelada esta a alma do forasteiro que retumba
dentro de mim. Dizem que sou eu... Não! É apenas o forasteiro. Quem
nos olhos da morte olhou o vazio conheceu. A alegria foge. Quando no
berço da sua casa ela entrar o relógio final badalará. Vida que se
foi! Bem vivida? Só a tempo de suspirar. Em teus lábios roxos busco
a força que irá me despertar. Luto contra males inexistentes só
pra ter com que lutar. O ferrolho de um rolo compressor me espreme
ate o ar me abandonar. Porque necessitas de tanta atenção? Não lhe
basta viver apenas o caminho por ti traçado? Não lhe basta morrer e
ter a educação de ser calado? Partes agora forasteiro. Não hã
mais lugar pra te abrigar.
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