terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Homenagem aos negros

Meus 3% de sangue negro representam um povo que enfrentou a fome, a doença, guerras e escravidão. O sangue negro representa a luta. A quanto tempo os negros tem seus direitos? A pouco mais de oitenta anos a igreja dizia que eram seres sem alma, seres do inferno.
O sa
ngue negro que corre em cada veia, representa a luta e a coragem. Coragem de viver mais um dia, coragem de por seus braços na lavoura. De aguar a terra com o suor de seus rosto no trabalho continuo de sol a sol.
O sangue negro representa tal qual o sangue caucasiano, o sangue pardo, o sangue oriental. Representa a luta de todo um povo.
O que é ser negro a não ser ter mais melanina na pele que um branco?
O que seria enfrentar o preconceito dia após dia, descendo e subindo a ladeira com seu filho no colo enfrentando a violência, enfrentando a discriminação, enfrentando a miséria o abandono do governo e na mente a lembrança da escravidão.
Ninguém descende de escravos, descende de seres humanos que foram escravizados.
OH Martin Luther King, simbólo para todos os negros do que é a luta pela liberdade, assim como Zumbi dos Palmares. Como diria Martin Luther King, " O que me preocupa não é o grito dos maus e sim o silêncio dos bons". E os negros por seu silêncio forçado durante séculos atrás pagaram caro, pagaram ouro, pagaram suor e pele com a escravidão.
Fora da África tal povo guerreiro sofreu, na América latina conheceu o tronco e as senzalas. Na América do norte o horror das fogueiras e caçadas da Ku Klux kan.
E quem és tu oh negro?
É escravo?? És animal? És o ser sem alma que a igreja católica pregava?
Oh não, pobre guerreiro! És herói, es matreiro, tem no rosto o sorriso maroto, no peito a dança e a afoiteza. Magnífica cor que brilha no sol e se camufla nas noites obscuras.
Pele, cor, sangue e melanina. Tudo que a vida lhe pede tu aprecias. Pra todo trabalho és apto e com aptidão faz seu gingado. Formador de culturas e criador da alegria. Da religião dos orixás, e do sorriso de cristal.
Que ao berço África possa sempre entrar e lá encontrar o mais imprescindível que é o lar. E lá se eternizar, com sua força e destreza amar e velejar nas águas do Atlântico depois dos navios negreiros em outras correntezas. Para sempre suas bandeiras possam balançar juntas e com altivez, sempre e para sempre.
Viva a cor do berço África, viva o negro rei!

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