terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mente inquieta

Como ser mais útil aos outros do que dependente de nós mesmos?
Como ser mais dado que pedinte?
Como ser mais o vosso reino do que o vem a nós?
Como libertar o leão sem que ele devore a gazela?
Como ser a fênix que ressurgi das cinzas?
Como viajar o mundo pelos outros e com outros sem deixar de ser nós mesmos?
Como mudar o mundo com um gesto e um gesto mudar o outro que muda uma vida, que muda a frequência das sintonias e faz arranjos nas melodias?
Como ser vc para os outros pelo bem em seu todo sem perder a essência de vc?
Como ser tudo? Ser nada? Ser breve? Ser leve? Ser corajoso? Almejar a paz e exigir de si mesmo a bravura?
Como ser o ar e ao mesmo tempo a terra? Como ser o fogo e a água?
Como queimar a chuva e se queimar em ácido para salvar o outro que é seu abrigo, seu peito inimigo?
Como ser a brisa leve que paira na noite que goteja o orvalho e baila com o sol depois do canto dos pássaros?
Como ser útil na inutilidade de um momento breve chamado vida que se acaba na festa surpresa que é a morte a última grande aventura de viver?
Viver e dar valor a vida pois ninguém terá tempo de sair vivo daqui.

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